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Os Melhores RPGs de PlayStation 1

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Amigo, se você já passou horas grudado na TV, com o controle do PlayStation 1 na mão, sabe que essa foi a era de ouro dos RPGs.
Naquela época tínhamos jogos cheios de histórias emocionantes, músicas que grudavam na cabeça e batalhas que testavam nossa paciência e estratégia.

Eu sempre tive um ritual especial para jogar RPGs no PS1: saía da escola por volta do meio-dia, almoçava rapidinho e passava o resto da tarde mergulhado nesses mundos incríveis. O cenário era simples, mas perfeito: aquele café fresquinho, o pão francês quentinho e o controle nas mãos. E já era, só parava na hora da janta.

Tenho uma saudade imensa desses dias. Foram momentos que marcaram minha vida de um jeito especial. E para manter viva essa nostalgia — ou, quem sabe, despertar essa curiosidade em quem nunca jogou —, vamos relembrar juntos esses clássicos inesquecíveis.

Ah, só um detalhe: essa lista não está em ordem de melhor ou pior. Fui organizando conforme as lembranças foram surgindo, porque cada um desses jogos tem um lugar único no meu coração. 🌟


Suikoden

  • Desenvolvedora: Konami
  • Lançamento: 1995

Se você é fã de RPGs com histórias profundas e repletas de intrigas políticas, Suikoden é um prato cheio. Inspirado no clássico romance chinês A Margem da Água, o jogo coloca você no papel de um jovem protagonista que deve reunir 108 heróis para enfrentar um império corrupto.

O grande destaque aqui é o sistema de recrutamento. Cada personagem que você encontra tem habilidades únicas, e muitos deles podem até melhorar a sua base. A narrativa é envolvente, cheia de reviravoltas, e o combate combina batalhas tradicionais com confrontos estratégicos em larga escala.

Para quem busca um RPG clássico com toques estratégicos, Suikoden é indispensável e foi o pontapé inicial para uma das franquias mais cultuadas do gênero.

Nota: Tem uma parte da história que vai te deixar triste, é sério. No meu caso, quase abandonei o jogo depois disso, mas acabei entendendo o propósito e continuei até o fim. Não vou dar spoilers, você precisa jogar para descobrir.

Legend of Mana

Legend of Mana é um RPG que leva a palavra “arte” a outro nível. Com gráficos desenhados à mão e uma trilha sonora mágica composta por Yoko Shimomura, o jogo oferece uma experiência que é tanto um deleite visual quanto auditivo.

O jogo traz uma abordagem única: ao invés de seguir uma narrativa linear, você constrói o mundo colocando artefatos em um mapa vazio. Isso significa que sua aventura será única, dependendo das escolhas que você fizer.

Apesar de ser um pouco diferente dos RPGs tradicionais, Legend of Mana encanta com seus personagens carismáticos, combate dinâmico e um mundo que parece saído de um conto de fadas.


Nota: Simplesmente um dos jogos mais belos do PS1. Ele transmite aquela sensação de estar observando uma obra de arte o tempo todo. Inclusive, tem uma vibe que lembra desenhos escolares: os traços remetem àqueles desenhos de ursinhos, fadas e divisores de páginas feitos à mão. Ou talvez algo como “decoupage”,papel de cartas (não sei ao certo o nome disso), mas que algumas pessoas costumavam usar.

Final Fantasy IX

Final Fantasy IX é um dos maiores tributos ao legado dos RPGs clássicos. Ambientado em um mundo de fantasia medieval, o jogo conta a história de Zidane, Garnet e um grupo de aventureiros que lutam contra uma ameaça misteriosa.

O sistema de habilidades é simples, mas eficiente: você aprende novas técnicas ao equipar armas e armaduras. A narrativa é emocionante, alternando momentos leves e engraçados com outros incrivelmente profundos e melancólicos.

A SquareSoft acertou em cheio ao trazer de volta o estilo “retrô” que fez tanto sucesso nos primeiros Final Fantasy, mas com gráficos impressionantes para a época e uma trilha sonora de Nobuo Uematsu que é de arrepiar.

Nota: Particularmente, não gosto muito de Final Fantasy… (“O quê?!” você pode ter pensado). Nunca foi uma franquia que me fez querer jogar todos os títulos. Na época, deixei a série de lado por causa de fanboys. Como em qualquer fanbase, a chatice é grande: as pessoas não param de falar sobre o “jogo preferido” delas. Não me leve a mal, também sou fanboy de algumas franquias, mas não fico batendo na porta dos outros às 8 horas da manhã para falar disso.

Nota 2: Final Fantasy Tactics e o IX me fizeram gostar um pouco da série. São jogos caricatos que, ao meu ver, vão direto ao ponto: diversão e gameplay. Nada contra os outros Final Fantasy, mas muitos parecem mais um dorama com adolescentes problemáticos (calma, só uma brincadeira).

Valkyrie Profile

Valkyrie Profile é um RPG que mistura mitologia nórdica com uma jogabilidade inovadora e um visual impressionante. Você assume o papel de Lenneth, uma valquíria encarregada de recrutar almas de guerreiros para lutar ao lado dos deuses no Ragnarok.

O sistema de combate é um destaque à parte. Com comandos atribuídos a cada personagem do grupo, você pode executar combos em tempo real, algo raro para a época. Além disso, o jogo apresenta múltiplos finais, dependendo de suas escolhas, incentivando a rejogabilidade.

A atmosfera sombria, os temas filosóficos e a trilha sonora épica de Motoi Sakuraba fazem de Valkyrie Profile um verdadeiro clássico.

Confira a abertura deste jogo maravilhoso:

Nota: Talvez seja o meu RPG favorito ainda fico na dúvida entre ele e Breath Of Fire IV. Quando eu jogava isso (na época), conectava a saída de áudio do videogame em um rádio antigo com entrada auxiliar (coisa retrô). Ouvia os sons dos golpes, músicas e tudo mais no volume máximo. Parecia que eu estava dentro de um baile com música sacra de JRPG, ouvindo “Nibelung Valesti” e “Finishing Strike” o tempo todo. O som do jogo era tão bom que me levava a essas “loucuras”.

Legend of Legaia

  • Desenvolvedora: Prokion
  • Lançamento: 1998 (Japão), 1999 (EUA)

Legend of Legaia se destacou por trazer um sistema de combate inovador e uma narrativa cativante. Em um mundo dominado por uma névoa mortal que transforma seres vivos em monstros, você controla Vahn, Noa e Gala na missão de salvar a humanidade.

O grande diferencial do jogo é o sistema “Tactical Arts”. Durante as batalhas, você insere comandos direcionais para desferir ataques normais ou executar técnicas especiais, quase como em um jogo de luta. Isso torna cada confronto estratégico e envolvente.

Apesar de não ter alcançado o mesmo reconhecimento que outros RPGs da época, Legend of Legaia conquistou uma base fiel de fãs graças à sua jogabilidade única e atmosfera imersiva.

Nota: Hoje é um “RPG cult”, mas na época ninguém ligava muito. Havia outras opções de jogos AAA, mas quem jogou isso sabe que o sistema de batalha é realmente diferente.

Vou colocar alguns RPGs táticos nas lista, espero que não se importem.

Front Mission 3

  • Desenvolvedora: SquareSoft
  • Lançamento: 1999 (Japão), 2000 (EUA)

Front Mission 3 merece um lugar na lista por sua profundidade estratégica e enredo fascinante. Ambientado em um futuro onde mechas chamados “Wanzers” dominam os campos de batalha, o jogo mistura intrigas políticas, espionagem e drama pessoal.

O sistema de combate permite personalizar completamente seus Wanzers, desde as armas até as peças da armadura. As decisões que você toma no início da história determinam qual das duas campanhas principais você seguirá, cada uma oferecendo perspectivas diferentes sobre o mesmo conflito global.

Com gráficos detalhados, uma história complexa e batalhas que exigem estratégia, Front Mission 3 é um dos melhores exemplos de RPGs táticos no PS1.

Nota: Se há um jogo de robôs que merece destaque, é Front Mission. Meus amigos, que jogo! Passei muitos dias montando e desmontando os mechas. O único problema é que ele acaba… Mas, confesso, o fator replay (quantas vezes você volta a jogar depois de terminar) não é muito alto, pelo menos para mim, por se tratar de um jogo longo e até um pouco “lento”.

Vandal Hearts

  • Desenvolvedora: Konami
  • Lançamento: 1996 (Japão e EUA)

Se você é fã de RPGs táticos, Vandal Hearts é obrigatório. Ambientado em um mundo onde intrigas políticas e batalhas sangrentas ditam o destino das nações, você controla Ash Lambert e seus aliados em uma jornada cheia de reviravoltas.

O jogo é conhecido por suas batalhas táticas em mapas isométricos, onde cada movimento conta. Os cenários são repletos de desafios estratégicos, como terrenos elevados e armadilhas. Além disso, Vandal Hearts não economiza no drama: o enredo explora temas como traição, sacrifício e lealdade.

Ah, e um detalhe marcante: as animações de sangue durante os combates eram tão exageradas que se tornaram um ícone do jogo! Um clássico de estratégia que mistura ação e narrativa na medida certa.

Nota: Amor a primeira vista, não tem como! Era diferente de tudo que tinha na época, era o Mortal Kombat dos jogos de RPG.

Final Fantasy Tactics

  • Desenvolvedora: SquareSoft
  • Lançamento: 1997 (Japão), 1998 (EUA)

Talvez o RPG tático mais famoso do PS1, Final Fantasy Tactics redefine o gênero com sua complexidade e profundidade. A trama se passa no reino de Ivalice, um mundo medieval repleto de traições políticas e conflitos religiosos. Você acompanha Ramza Beoulve em uma história densa e cheia de nuances, onde nem sempre o bem e o mal são tão claros.

O sistema de combate baseado em classes é incrivelmente versátil, permitindo que você treine seus personagens em diversas ocupações, como cavaleiros, magos e ninjas. Combine habilidades de diferentes classes para criar estratégias únicas e dominar os campos de batalha.

A narrativa envolvente, os gráficos encantadores e a trilha sonora memorável fazem deste um título que continua sendo referência no gênero.

Nota: Sem dúvidas, um dos melhores jogos do PS1. Lembro dos dias em que meus amigos e eu decidimos dividir uma aventura neste jogo. Cada um controlava um personagem e fazia as escolhas que mais combinavam com seu estilo. Eu era o cara dos itens, o Chemist. Era divertido, mas, ao mesmo tempo, uma bagunça.

Rhapsody: A Musical Adventure

  • Desenvolvedora: Nippon Ichi Software
  • Lançamento: 1998 (Japão), 2000 (EUA)

Para quem busca um RPG mais leve e descontraído, Rhapsody: A Musical Adventure é uma escolha muito boa. Você controla Cornet, uma jovem com o poder de se comunicar com fantoches mágicos, em sua missão para resgatar o príncipe Ferdinand.

O que torna este jogo especial são seus elementos musicais. O enredo é repleto de números musicais encantadores, quase como um conto de fadas interativo. As batalhas são simples, com um sistema de turnos fácil de aprender, ideal para quem quer relaxar enquanto joga.

Embora seja menos desafiador que outros RPGs do PS1, Rhapsody conquista pela atmosfera charmosa, trilha sonora cativante e uma história que aquece o coração.

Nota: Parece um jogo infantil para jovens japonesas? De fato é… Mas você vai querer dedicar algum tempo a ele, mesmo que se considere o “malvadão”. É um jogo carismático, não tem jeito. Além disso, você pode recrutar o SPAWN (O Soldado do Inferno) como aliado para sua equipe. Sem brincadeira. Não lembro como se faz, mas tente ir até uma caixa de correio e ficar apertando botões sem parar; uma hora ele aparece (ou algo assim).

Brigandine: The Legend of Forsena

Sejamos sinceros… Essa capa é boa?
  • Desenvolvedora: Hearty Robin
  • Lançamento: 1998 (Japão), 1999 (EUA)

Misturando RPG e estratégia, Brigandine: The Legend of Forsena coloca você no controle de uma das seis nações em guerra pelo controle do continente de Forsena. O diferencial do jogo está no equilíbrio entre batalhas táticas e administração de recursos.

Você recruta cavaleiros e monstros, gerencia territórios e planeja cuidadosamente seus ataques contra outras nações. Cada personagem traz habilidades únicas, e o sistema de combate em turnos adiciona camadas de estratégia que tornam cada batalha emocionante.

Com gráficos simples, mas funcionais, e uma trilha sonora marcante, Brigandine é um prato cheio para fãs de RPGs táticos que gostam de construir e comandar exércitos.


Nota: Épico, épico, épico! Um RPG lado B que pode te surpreender de forma inesperada.
Uma história engraçada de como conheci esse jogo: meu primo e eu fomos a uma feira em SP (sou do RJ), e lá ele viu uma capa meio feia de um cara loiro com um dragão ao lado. “Me empresta 10 reais, quero comprar esse jogo”, ele disse. Eu falei que era uma porcaria, ninguém conhecia, mas acabei emprestando. Resumindo, ele nunca viu a cara do jogo porque o CD (de procedência duvidosa) ficou comigo, e nunca mais devolvi por se tratar de uma joia preciosa. Só descobri isso depois de jogar. Você precisa fazer o mesmo!

Wild Arms

Desenvolvedora: Media.Vision
Lançamento: 1996 (Japão e EUA)

Wild Arms é um dos títulos que marcou o início da era dos RPGs no PlayStation 1, e é impossível falar sobre os melhores RPGs da plataforma sem mencioná-lo. O jogo se destaca por sua mistura única de faroeste e fantasia.

A história acompanha três protagonistas: Rudy, um jovem com um passado misterioso e um poder sombrio; Jack, um aventureiro em busca de vingança; e Cecilia, uma princesa com uma missão importante. Juntos, eles viajam por Filgaia, um mundo devastado por uma catástrofe antiga, enquanto enfrentam inimigos sobrenaturais e tentam salvar seu mundo da destruição.

O sistema de combate de Wild Arms é simples, mas eficaz, focando em turnos com uma boa dose de estratégia.

Veja e ouça esta aberta mais do que icônica:

Nota: Ponto alto de Wild Arms: a MÚSICA! A trilha é boa, mas o jogo tem inúmeras mecânicas maneiras também.
Na época, achei o jogo um tanto complicado (não sei por quê), mas ele traz uma atmosfera tão boa e acolhedora que me fazia continuar explorando os cenários. Não cheguei a finalizar completamente, o que é uma pena. Talvez eu dê outra chance a ele a qualquer momento.


Breath of Fire IV

  • Desenvolvedora: Capcom
  • Lançamento: 2000 (Japão e EUA)

A série Breath of Fire dispensa apresentações, e o quarto título é um exemplo brilhante de RPG clássico. Breath of Fire IV segue a jornada de Ryu e Nina em um mundo dividido por conflitos entre dois impérios.

A história alterna entre os pontos de vista do herói Ryu e do antagonista Fou-Lu, criando uma narrativa intrigante e cheia de nuances. O sistema de combate por turnos é dinâmico e estratégico, com o uso de transformações dracônicas como uma das mecânicas principais.

Os gráficos em 2D são lindamente desenhados, e a trilha sonora é um espetáculo à parte. O jogo mistura humor, drama e emoção, fazendo dele um dos RPGs mais memoráveis do PS1.

Nota: Não tenho muito o que falar, é o meu RPG preferido do PS1( Na disputa com Valkyrie Profile). Gráficos 10, Gameplay 10, História 10, Sons 10… Perfeito.

Vou deixar uma menção honrosa

Chrono Cross

Desenvolvedora: Square Enix (anteriormente Square)
Lançamento: 1999 (Japão e EUA)

A sequência espiritual de Chrono Trigger.
Eu sei, eu sei, vocês vão me crucificar por causa disso. Vocês vão dizer que era para este estar entre os melhores. Até concordo, mas foi outro jogo que quase não joguei. Então não posso vir aqui e falar de coisas que não conheço, concorda?

O visual de Chrono Cross é espetacular para a época, com belos cenários e animações fluidas. De fato, é um jogo muito bonito que trouxe muita gente para o mundo dos RPGs.
Agora me diga: por que eu deveria jogar Chrono Cross nos dias de hoje? Comente aí!


Não há como negar: os RPGs do PlayStation 1 marcaram uma época inesquecível. Muitos de nós sentimos uma enorme saudade de reviver aqueles momentos épicos.

Se você gostou de relembrar esses clássicos ou ficou curioso para conhecer alguns dos títulos que definiram uma geração, convidamos você a continuar essa jornada com a gente!

Acesse o Gamer Jump, acompanhe nossas atualizações e prepare-se para mais dicas, análises e muito mais. Porque a nostalgia é incrível, mas viver essas aventuras novamente, com a gente, é ainda melhor!

Até a próxima, e bons jogos! 🎮✨

Primo Ci

Primo Ci

"Retrolover" Gosto de jogar tudo que é relacionados retrogames e saio zerando tudo que é tranqueira. As vezes escrevo aqui.

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Gabriel
Gabriel
6 meses atrás

Sem dúvidas os rpgs do ps foram marcantes demais, cada um com um sistema de batalhas diferente. Um que joguei e faltou na lista foi Azure Dreams, pena que jogava ele em japones e mal conseguia progredir bem kk