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O Criador de PUBG Quer Criar o Verdadeiro Metaverso: Ambição ou Realidade?

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Imagem: Prologue ScreenshotPlayerUnknown Productions

Brendan Greene, a mente por trás do sucesso PlayerUnknown’s Battlegrounds (PUBG), está mirando em algo muito maior do que o Battle Royale que ajudou a popularizar. Em entrevista recente para o site IGN, Greene falou sobre seu próximo projeto, batizado provisoriamente de Project Artemis, promete construir um “verdadeiro metaverso”, uma visão que Greene acredita que ninguém realmente está tentando realizar.

Em suas próprias palavras:

“Eu quero construir um metaverso porque acho que ninguém mais está fazendo isso. Todos estão criando bolhas de IPs que talvez conversem entre si no futuro, mas isso não é o metaverso.”

Artemis: O Que É e Como Funciona?

Greene descreve Artemis como uma internet 3D, onde cada “mundo” seria equivalente a uma página na web. Usando uma tecnologia própria de geração de terreno chamada Melba, a ideia é criar um planeta digital do tamanho da Terra, com espaço para milhões de jogadores simultâneos. Esses jogadores poderão criar seus próprios mundos, modificá-los, e compartilhá-los livremente.

Para atingir essa escala ambiciosa, Greene está dividindo seu projeto em três etapas:

Prologue, um jogo de sobrevivência básico que testa a geração procedural de terrenos.

Um segundo jogo, ainda sem nome, focado em multiplayer em larga escala e controle de exércitos.

Por fim, Artemis, o metaverso propriamente dito.

Prologue, já em testes iniciais, usa machine learning treinado com dados da NASA para criar terrenos realistas. Greene afirma que há 4,2 bilhões de mapas possíveis, cada um único, gerado a partir de um simples clique.

Greene argumenta que a abordagem atual do metaverso é falha. Para ele, é impossível criar um espaço massivo e interconectado com tecnologia baseada em servidores tradicionais. Sua solução? Processar as simulações localmente, permitindo que milhões de jogadores existam no mesmo mundo. É uma visão radicalmente diferente de plataformas como Roblox e Fortnite, que, apesar de populares, têm limitações severas em escala e liberdade criativa.


O Problema com a Moderação e a Liberdade

Um aspecto intrigante é o desejo de Greene de manter o controle nas mãos dos jogadores. Ele sugere soluções criativas para moderar comportamentos tóxicos, como transformar infratores em “fantasmas”, invisíveis e incapazes de interagir com os demais. No entanto, admite que ainda precisa resolver questões mais complexas, como violações de direitos autorais ou atividades ilegais.

“Eu quero construir jogos com a comunidade, não para a comunidade. E acho que com a ajuda deles podemos descobrir como fazer isso do jeito certo.”


Ambição ou Repetição de Erros?

Imagem: Prologue Screenshot – PlayerUnknown Productions

Tenho que admitir: o escopo de Artemis é impressionante. Criar um planeta digital com liberdade criativa total soa como algo saído de ficção científica. Porém, como alguém que já viu promessas grandiosas naufragarem antes (No Man’s Sky, alguém?), não consigo evitar um certo ceticismo.

A ideia de um “metaverso verdadeiro” não é nova, e muitos dos conceitos apresentados aqui já foram explorados em plataformas como Second Life e até Minecraft. A diferença estaria na escala, mas até que ponto um mundo gigante é realmente atraente? Já vimos o risco de criar “um oceano de um centímetro de profundidade”: vasto, mas vazio.

Se Artemis quiser se destacar, terá que mostrar que sua tecnologia de IA realmente eleva a geração procedural a um novo patamar. Caso contrário, pode acabar como mais um projeto ambicioso, mas subutilizado. Dito isso, torço pelo sucesso de Greene. A inovação vem do pensamento ousado, e, com um pouco de sorte (e muito trabalho), Artemis pode ser o passo que finalmente transforma o metaverso em algo mais do que uma promessa vazia.

Fonte: pcgamer.com, ign.com

Primo Ci

Primo Ci

"Retrolover" Gosto de jogar tudo que é relacionados retrogames e saio zerando tudo que é tranqueira. As vezes escrevo aqui.

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