CEO da Sega Mira Para o Futuro com Novos Jogos e Abandona Consoles Retrô
Estamos sendo abandonados, meus amigos?

A Sega, conhecida por sua rica história nos games e por franquias, como Sonic e Virtua Fighter, está adotando uma abordagem que mistura respeito ao passado com um olhar firme para o futuro. Segundo Shuji Utsumi, CEO da Sega America e Europa, a empresa não pretende lançar novos consoles retrô, como os populares Mega Drive Mini, mas, em vez disso, focará em reviver franquias clássicas de forma moderna e inovadora.
“Não somos uma empresa retrô. Apreciamos nosso legado e o valorizamos, mas queremos entregar algo novo – caso contrário, nos tornaremos apenas história, e isso não é o que queremos”, afirmou Utsumi em entrevista ao The Guardian. Ele reforçou que a prioridade da Sega é cativar o público atual com jogos inovadores, enquanto respeita e atualiza suas propriedades intelectuais.
Embora consoles como o Mega Drive Mini tenham sido sucessos entre colecionadores e fãs nostálgicos, a Sega está apostando no relançamento de franquias lendárias, como Crazy Taxi, Golden Axe, Shinobi, Jet Set Radio e Virtua Fighter. A proposta, no entanto, não é apenas revisitar esses clássicos, mas reinventá-los para atrair tanto veteranos quanto novos jogadores.

“Queremos trazer de volta o sentimento de inovação e ousadia que os jogadores associam à Sega, mas com uma abordagem que ressoe com os gamers de hoje”, declarou Utsumi. Ele destacou que a Sega está empenhada em capturar a essência dessas franquias, ao mesmo tempo que desafia seus estúdios a introduzir novas ideias e mecânicas.
A Nova Identidade da Sega
A estratégia atual da Sega reflete uma mudança em relação à sua abordagem no passado. Durante a era do Dreamcast, a empresa era vista como uma “desafiadora” em um mercado dominado por gigantes como a PlayStation. Agora, Utsumi quer resgatar a ousadia desse período, mas adaptada ao cenário contemporâneo.
“A Sega era rock’n’roll nos anos 90, mas hoje precisamos de algo além disso – talvez um pouco de hip-hop misturado. Precisamos inovar e responder às expectativas de uma nova geração de jogadores”, comentou o CEO.
A Sega também está ampliando sua presença em outras mídias. O sucesso de filmes como Sonic the Hedgehog e séries como Like a Dragon: Yakuza mostra o potencial de expandir seus universos além dos games. Utsumi vê isso como uma oportunidade criativa para conectar jogos, filmes e outras plataformas de entretenimento de forma integrada e relevante.
A decisão de Shuji Utsumi de descartar a possibilidade de novos consoles retrô como o Saturn Mini ou Dreamcast Mini pode ser vista como uma estratégia ousada – ou um erro estratégico que aliena parte dos fãs mais fiéis da marca. Por mais que a Sega insista que “não é uma empresa retrô” e que o foco está no futuro, há uma contradição gritante quando a empresa simultaneamente anuncia uma série de revivals de suas franquias clássicas, como Crazy Taxi, Golden Axe e Jet Set Radio. Afinal, como você pode ser inovador enquanto revive o passado?
Verdade é que a nostalgia vende. O sucesso do Mega Drive Mini e de outros consoles retrô mostra que há um apetite genuíno por esse tipo de produto.
Outro ponto polêmico é: será que a Sega tem, de fato, a capacidade de competir em um mercado moderno com suas franquias clássicas reinventadas? Desde o Dreamcast, a empresa tem uma longa história de ideias ambiciosas que falharam em encontrar público. A aposta de Utsumi em inovação soa mais como um risco do que como uma certeza. Afinal, o mercado atual é brutalmente competitivo, e as expectativas dos jogadores estão mais altas do que nunca.
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Fonte: theguardian.com, timeextension.com
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